“Está tudo bem em Não estar tudo bem”: O primeiro passo para o Autocuidado

Você já teve aquela sensação de estar sufocando por dentro enquanto tenta, a todo custo, manter um sorriso no rosto?

Já se pegou respondendo “está tudo bem” quando, na verdade, tudo dentro de você grita o contrário?

Talvez você esteja vivendo exatamente isso agora!

E, se for o caso, eu quero que você saiba de uma coisa importante: “está tudo bem em não estar tudo bem”.

Vivemos em um mundo que nos ensina, desde cedo, a esconder nossas dores….

Aprendemos a vestir máscaras, a engolir o choro, a disfarçar a tristeza e a perceber que demonstrar fragilidade é sinônimo de fraqueza.

A frase “você precisa ser forte” ecoa em nossas mentes como uma regra inquestionável!

Mas, você já se questionou se ser forte significa ignorar o que sentimos?

Será que o verdadeiro ato de coragem não é justamente ser você quando algo não vai bem?

O peso invisível que você carrega

Muitas vezes, o fardo mais pesado não é o que fica visível aos olhos dos outros, mas aquele que carrega em silêncio…

O cansaço que não se explica, a angústia sem motivo aparente, a sensação constante de que falta algo, mesmo quando aparentemente temos tudo…

É um vazio que não preenche, um nó na garganta que não desata…

E, por mais contraditório que possa parecer, o primeiro passo para esse aliviar peso não é lutar contra ele., pois é importante que ele exista…

Negar o que sentimos só faz com que a dor encontre outros caminhos para se manifestar!

Pode ser através da auto exigência constante, da insônia, da falta de motivação, da ansiedade que aperta o peito ou até de dores físicas sem explicação aparente.

O corpo e a mente têm formas muito inteligentes de nos mostrar o que estamos tentando esconder!

Aceitar não é se conformar

Quando falamos em aceitar que “não está tudo bem“, não estamos dizendo que você deve se conformar com a dor ou desistir de buscar as soluções.

Pelo contrário. Posso ser o ato de olhar para si com honestidade e dizer: “eu reconheço o que estou sentindo e isso é válido“.

É o início do autocuidado, porque só conseguimos cuidar daquilo que estamos regularizando.

Se você negar a si mesmo, como poderá curá-la? Se você acha que não está cansado, como poderá descansar de verdade?

O que o Autocuidado realmente significa?

Muitas vezes, o termo autocuidado é associado a práticas superficiais e que se acabam com rapidez, tais como cuidar da pele, do cabelo, maquiar-se, vestir roupas novas e atraentes, tirar um dia de folga ou tomar um banho relaxante…

Embora essas coisas possam ajudar, o verdadeiro autocuidado vai muito além disso!

Ele envolve:

✅ Respeitar seus limites – Saber quando dizer “não” e entender que você não precisa dar conta de tudo.
✅ Ouvir suas emoções – Em vez de reprimi-las, dê espaço para que elas se expressem. Tristeza, raiva, medo, culpa, vergonha… todos têm algo a dizer.
✅ Permitir-se sentir – Você não precisa ter uma justificativa racional para o que sente. Se você fizer isso, é porque ainda você depende da aprovação das outras pessoas, tornando-o um dependente emocional.
✅ Buscar apoio quando necessário – Você não precisa enfrentar tudo sozinho! Pedir ajuda não é sinal de fraqueza, mas sim um ato de amor próprio.

Como dar o primeiro passo?

Se você leu até aqui e está se identificando com tudo o que foi exposto, talvez você se pergunte: “ok, mas por onde começar?“.

Não existe uma fórmula mágica, mas há caminhos que podem ajudar:

🔹 Reconheça suas emoções – Em vez de tentar silenciá-las, pergunte-se: “O que estou sentindo agora? O que isso quer me mostrar?“.
🔹 Seja gentil consigo mesmo – Você falharia com um amigo que está sofrendo? Provavelmente não! Então, por que continuar fazendo isso consigo mesmo?
🔹 Escreva o que sente – Às vezes, colocar no papel o que está vivendo e sentindo ajuda a clarear a mente e o coração.
🔹 Converse com alguém de confiança – Falar em voz alta sobre o que você pode aliviar o peso da alma.
🔹 Considere buscar apoio profissional – Um psicólogo pode ser um caminho seguro para você se expressar sem julgamentos.